• Bem-Vindos ao Salt and Sugar
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  • Mais Do Que Um Jogo

Sem Opção

Sem Opção.
Por Ana Beatriz do Vale.
Não sinto minhas pernas. A escuridão que me cerca fica, a cada instante, mais intensa. Já não posso mais segurar a respiração. Meus pulmões queimam e minha vista trêmula. A sombra do que imagino ser o píer já não está mais ao alcance dos meus olhos, mas algo move-se na agua, alguma coisa vem em minha direção e então eu a vejo. Seu corpo está quase toda à mostra. Seria uma sereia? Mas então por que seu rosto me parece tão familiar? Paro de pensar nisso quando sua mão alcança a minha. De repente uma sensação de tranquilidade espalha-se por que corpo. Ela veio. Ela pulou na agua gelada por mim. Então a cena muda. Estamos agora em um restaurante, não qualquer restaurante, estamos no restaurante preferido dela e ela está simplesmente maravilhosa. Seu vestido amarelo prende meus olhos em seu corpo e eu já não escuto mais o que sua boca tenta me dizer. E a palavra surge. Ah! Como eu daria tudo para adiar mais um pouco! Como eu gostaria de contemplá-la um pouco mais! Como eu gostaria de abraça-la, de beijá-la, de dizer o quanto a amo e tantas outras coisas! Mas agora a única coisa que vejo e escuto é essa palavra, que ecoa em minha mente, que perturba meus sonhos, que atrapalha meu destino.
Não... Não... Não...
Maldita palavra de três letras! Por que tu tinhas que existir? Por que tu tinha que atrapalha o meu amor?!
Por quê?... Por quê?... Por quê?
Meus olhos encontram o teto amarelado do meu quarto. Em meu pensamento aquela voz suave e doce ainda me atormenta. A mesma voz que escuto todos os dias, a mesma voz que agora grita longe.
- Anda! Vamos rápido! – me dirijo a janela e a vejo. Ela está, ironicamente, vestindo o casaco que a dei naquele dia, seus cabelos acobreados estão esvoaçantes, seus olhos miram o rapaz desajeitado que caminha cautelosamente pelo píer de madeira, como se duvidasse que ele o suportasse. Um leve sorriso espalha-se por meus lábios. Como ele é idiota. Meus olhos não se detêm no rapaz por muito tempo, eles são atraídos naturalmente pela garota, que já está sentada na borda do píer e se ocupa de gargalhar do rapaz.
- Anda! Isso não vai cair, não! – ela grita entre risos. Seus olhos sorriem tanto quanto seus lábios. Como eu pude deixar uma garota assim me escapar por entre os dedos?, penso nisso.
Quando volto meus olhos para a garota ela já não está mais lá. Uma má impressão corta meu peito, desloco meus olhos para o rapaz e o vejo correr desesperadamente em direção ao lugar onde ela estava. Corro para a porta e saio da casa. O píer não é tão longe, talvez eu chegue a tempo, Talvez eu consiga salva-la. Mas ela já está a salvo. O rapaz a salvou. Uma onda de raiva invade minha mente. Por que ele a salvou? Por que não eu? Por que ELA o escolheu?
Por quê?... Por quê?... Por quê?
Eles estão vindo em minha direção, tento limpar minha mente, tento pensar que ela está a salvo. Andrea está a salvo. É tudo o que importa.
- Tudo bem? Você se machucou? – pergunto evitando olhar para o rapaz.
- Tudo bem. Eu só escorreguei e então Sillas me pegou. – ela responde dirigindo o olhar para o rapaz.
Silencio.
- É melhor você entrar e trocar essa roupa molhada. – digo tentando quebrar o gelo.
Nós estamos na casa do lago dos meus pais. A mesma casa onde, há dois anos, tudo começou. Ela agora está com o Sillas, eu... Só. Finalmente entramos, ela sobe para se trocar e fico a sós com o Sillas.
- Eu vou pedi-la em casamento. – ele diz.
- Mesmo? – pronuncio mesmo com o nós que se forma em minha garganta.
- Sim.
- Quando? – pergunto nervoso. Meus pensamentos estão desordenados. Imagens de nós dois invadem minha mente e o terror apodera-se do meu corpo. Eu ainda a amo.
- Essa semana ainda. Aqui. – ele responde. Minhas mãos começam a suar.
- O que você pensa em fazer? – pergunto.
- Não sei. Jantar, talvez.
- Não vai dar certo. – respondo como se soubesse das coisas. Mas pera ai, da ultima vez não deu certo.
- O que você sugere então? – ele pergunta me desafiando.
- Não sei. – respondo. É claro que sei, mas não sou estupido o suficiente para confessar.
- Hmm. Se tiver alguma ideia me avise. – ele pede.
- Claro. – minto
Silencio.
Subo as escadas pensando em como a minha vida é infeliz. A mulher que eu amo não me quer e agora o namorado dela vai pedi-la em casamento, destruindo todas as minhas esperanças. Abro a porta do meu quarto e a vejo.
- O que você está fazendo no MEU quarto? – pergunto fingindo desconforto.
- Esse é o MEU quarto. – ela me desafia.
- Não é o Meu quarto. – revido.
Novamente silencio.
- Ok. Esse era o nosso quarto. – ela finalmente diz.
- Sim. Era nosso quarto, mas agora é meu. – respondo sentindo-me feliz por ela ainda lembrar disso.
- E então como tá? – ela pergunta tentando quebrar o gelo.
- Bem. E você?
- Melhor agora que tirei aquelas roupas molhadas. – ela responde sorrindo.
Mais silencio.
- O Sillas falou alguma coisa com você? - ela pergunta timidamente.
- Sobre? – pergunto já desconfiando que seja sobre casamento. Hoje é 21 de dezembro, pra ela o dia mais perfeito do ano, isso por que são quatro dias antes do natal e quatro dias depois do aniversario dela.
- Casamento. – ela responde jogando-se na cama como sempre faz quando quer tornar a conversa mais fácil.
- Você aceitaria? – pergunto entrando na dela.
- Não foi culpa minha! – ela diz levantando-se rapidamente da cama.
- Eu fiz o pedido, você não aceitou. – respondo pondo-me em sua frente.
- Não estava preparada, nós não estávamos preparados. – ela diz agitada, movendo os braços na minha frente.
- E agora está? – pergunto esperançoso.
- Sim. – ela responde destruindo todo o mundo de fantasia que eu construí, em um minuto.
Meu coração bate descompassadamente. Eu tenho vontade de abraça-la, de beija-la, de me perder com ela no deserto, de leva-la para longe, tenho vontade que todo o mundo suma e só fiquemos nós dois.
Desço as escadas descontrolado, meus pensamentos se voltam todos para um único objetivo. Fazê-la feliz.
- Eu tenho uma ideia! – digo ao Sillas quando cruzo com ele na sala de jantar.
- Por que isso agora? – ele pergunta surpreso.
- Você quer ou não pedi-la em casamento?
- Quero.
- Ótimo. Já tem as alianças? – pergunto.
- Sim. – ele responde confuso. – Por quê?
- Porque você vai fazer o pedido hoje.
- Por quê?! – ele pergunta com uma expressão apavorada no rosto.
- 21 de dezembro.
- E?
- Hoje é o dia perfeito. – explico sem explicar. – Vamos. – tenho que te dizer o que fazer.
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Da janela do meu quarto posso ver o píer perfeitamente. Talvez até ouvir. Sillas está parado em pé no fim do píer com um buquê de tulipas negras – as preferidas de Andreia apesar de ela dizer que são margaridas. - Todo seu corpo parece tremer, não sei se por causa do píer ou do pedido que está prestes a fazer.
O Sol já está se pondo quando Andreia chega ao píer exalando toda sua beleza. Sillas começa seu discurso ensaiado.
- O Sol, que agora se põe; as estelas, que logo começarão a brilhar; a agua desse lago nem mesmo a Lua cheia, símbolo dos apaixonados, prendem tanto a minha atenção quando tua beleza. – falo junto a ele. Meus olhos focam a garota e percebo uma lagrima solitária molhar seu rosto.
- Para mim nada é tão importante como você. Talvez seja amedrontador como a escuridão da noite que já chega, mas juntos sei que podemos nos guiar pelas estrelas que chegar a qualquer lugar. Então você quer se casar comigo? – escuto ele completar e vejo a garota pular em seu pescoço com um imenso sorriso no rosto e com a face banhada de lágrimas.
Viro-me, fito a mesma parede amarelada de hoje cedo, como eu queria que o que acabei de ver fosse só mais um dos meus pesadelos. “Eu nunca desistirei dela, nunca desistirei de nós dois, mas por enquanto estou desistindo de mim mesmo”, penso tentando me confortar. Apago as luzes do quarto e um sentimento de missão cumprida preenche meu corpo. “Ela está feliz”. O sono demora a chegar. Minutos antes de adormecer a ficha cai. “ Isso ai Beto! Você acabou de criar mais uma cena para atormentar seus sonhos.”

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"Carta de Fã"

Heyyyyy genteee, pois é quem quiser me matar pode, eu deixo. Eu seu que eu não to postando nada, maaaaaaas quem me conhece (até parece que alguem que não me conhece ler esse blog O.o) sabe que eu não sou de escrever direto, tenho meus momentos de inspiração.

Pois é voltando ao assunto hj eu não vim postar um conto, nem um pedaço de livro, nem nada meu, hoje eu vou postar uma "carta de fã", como assim Bia?,uma determinada mininazinha no meio das ferias num tinha nada pra fazer e decidiu me plagiar ai ela escreveu uns negocios e me mandou e eu como sou uma pessoa muito dumal vou postar aqui e vcs dizem o que acharam ok? Quero muito comentarios!

PLÁGIO
Eu era uma menina muito emo ,branca e holandesa...Eu me tranquei no meu quarto e tentei cortar meus pulsos.Daí um carinha TDB chegou e disse:
-EPAA!Antes de se matar,olhe pra mim e veja minha beleza máscula...E agora,você que morrer?
-OMG
-Você quer? Ò.Ó
-Depois de ver sua beleza máscula eu não resisto,quero só você!
Ai eu virei uma mina branca,holandesa e feliz weeeeee*-*

PLÁGIO 2
Eu sempre fui a mina mais foda do colégio,tinha um amigo lindo q eu amava s2 s2
MAAAS ele me trocou por uma perua T_T
Eu jogava bola com ele e ensinava matemática,mas ele quis ela ai eu sai do grupo do futebol e ele nunca mais me pediu ajuda...
Um dia eu fui assistir eles jogarem bola ,mas eu quis ir no banheiro,quando eu viro o meu primo Gatchenhoo estava lá ai eu dei uns pega nele e o guri q eu gostava chegou e disse:
-EPA!Antes de me trair,olhe pra mim e veja minha beleza máscula... E agora você vai me trair?
-OMG
-Você vai? Ò.ó
-Não.Dai dei uns pega nele também e meu primo ficou no vácuo-AHHH OTÁRIO

P.S: Saah vc é demais.XD
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Livro - Diário de Bordo

Continuação...


Rio, segundo dia, banheiro da escola
Definitivamente eu estava enganada, as escolas brasileiras são to-tal-men-te diferentes das inglesas. Pra começar que coisas mais antiquadas é o uso de uniforme, qual é pra que isso? Depois cadê os armários e os corredores agitados, nem tem corredor aqui, sinceramente não sei como os adolescentes brasileiros sobrevivem nesse tipo de escola e esse é só o primeiro tempo.
My God!
Pelo o que percebi a hierarquia escolar existe nos mais distintos lugares do mundo. Quando chegamos eu e Sarah (filha da Ana que eu só vim conhecer hoje, por que ontem ela estava muito ocupada fazendo sei lá o que) demos de cara com umas garotas as quais eu logo percebi eram as ‘’manda-chuvas’’ da área. Elas foram bem mais “educadas” do que foram as de Londres, tentaram até fazer algum comentário maldoso, mas foram interrompidas por um garoto lindo, maravilho tudo de bom. Incrível como esse tipo de garoto existe em todo e qualquer lugar, não vou dizer que me apaixonei de cara (seriai clichê demais). Mas posso dizer que me encantei bastante, principalmente com o jeito que ele nos defendeu daquela garota mimada e insensível. O sinal está tocando, não vou agora, política minha. Aluna nova se quer chegar chegando, não pode ser pontual ninguém nota em gente pontual, não que eu não queira ser pontual odiaria isso, mas também é uma tática na maioria das vezes dispensa as apresentações humilhantes, vai por mim apresentação nunca é legal, acho melhor eu ir, está ficando tarde. Já são Sete e meia!
Rio de janeiro, ainda segundo dia, banheiro feminino segundo andar
Droga!Droga!Droga!Lembra da minha tática pra evitar apresentações, pois é não funcionou, e lembra que eu disse que apresentações são sempre humilhantes, nisso eu estava certa.
Quando bati na porta da sala fui recebida por um barulho incomum, qual é era aula de física todo mundo odeia física, pelo menos os normais. Quero dizer os que não são NERDS, mas o barulho não era de desordem era como se todo mundo estivesse se... divertindo. Mas se divertir na aula de física? Só no Brasil que isso é possível, bom continuando. Quando entrei quem me recebeu foi um professor baixinho, barbudo e muito simpático, totalmente diferente de como um dia eu imaginei um professor de física. Ele me recebeu muito calorosamente, se é que essa seja a palavra certa.
- Entre minha filha - foi logo dizendo em um tom de voz agradável
Fiquei um pouco, sei lá nervosa eu acho, e não me movi então o professor foi até a porta me buscar. Pois as mãos nas minhas costas e começou a empurrar, acho que fazendo uma cara engraçada como se eu fosse muito pesada, e me colocou no meio da sala bem na frente com todos me vendo.
-Vamos filha comece- ele disse, mas não entendi bem o que tinha que fazer.
-Ah, o que?- perguntei meio abobalhada
-A se apresentar, vamos. - naquele momento a ficha caiu. Ele queria mesmo que eu me apresentasse pra toda a sala?
- Nã-não- respondi eu, com certeza fazendo uma cara esquisita por que todos começaram a rir.
-Vamos, qual é? Não achou que ia entrar aqui e não ser forçada a se apresentar para todos os seus novos colegas, achou?
- Na verdade achei. – respondi.
- Que pena, pois bem se não se apresenta, eu faço as perguntas. – estremeci sabia que não vinha coisa boa por aí, e tinha razão.
- Me diga criança qual é a resultante de dois vetores com valores respectivamente doze e cinco que são perpendiculares entre si?
- Treze. Senhor - respondi inconscientemente não queria ter respondido, mas foi automático.
- Bom muito bom. Diga criança. Aonde você estudou ano passado?
- Em casa. - novamente respondi sem consciência, droga por que eu não conseguia mentir pra esse cara, isso estava me irritando.
- Como assim em casa, ninguém pode estudar em casa.
- Na verdade pode. Isso se o seu irmão e tutor é um maluco que trabalha viajando pelo mundo em um barco, e sem querer ofender senhor acho que já respondi perguntas demais a um estranho.
Depois dessa me virei e fui me sentar em uma carteira vazia no fundo da sala, atrás de uma garota que parecia bem legal quando se conhece melhor. Como eu podia dizer aquilo? Não sei só sabia. Notei também que a garota que tinha me recebido de forma nem um pouco “agradável” estava lá, mas nada do garoto que tinha nos defendido aquela manhã, vai ver não estava naquela turma, menos mau, ele não viu a minha apresentação desastrosa.
Rio de Janeiro, segundo dia, 19h21min, barco
Sabe, quando eu entrei na sala hoje de manhã e vi aquele professor maluco de física eu pensei “Puxa! Pelo menos não tem como o dia ficar pior”. Cara como eu estava enganada tinha sim, e foi logo na quarta aula que eu descobri isso. Era aula de geografia, minha matéria preferida, mas com uma professora como à senhora Margarida não tinha como geografia, que costumava ser divertido pra mim, ser assim tão legal. Ela era o tipo de pessoa á quem eu pagaria mil reais pra sumir. Fala sério como uma professora de uns trinta e poucos anos podia ser assim tão mau, além disso, ela tem bigode! Foi o que eu pensei assim que ela entrou na sala, mas acho que pensei alto demais por que todo mundo começou a rir, o que deixou ela mais irritada. Foi à pior aula de geografia que eu já tive que dizer não a pior até que foi divertido. Toda vez que a professora fazia uma pergunta pra sala toda eu meio que respondia tipo automaticamente, não podia fazer nada eu sabia as respostas. Pra minha sorte eu não fazia isso tão alto como eu tinha feito com a história do bigode, mas era alto o suficiente pra garota legal (que eu nem conhecia ainda) ouvir e repetir tudo sem um pingo de vergonha de errar. Como ela fazia aquilo?
- Qual a cidade portuária mais importante dos Estados Unidos? – perguntou a professora Margarida.
- Boston – sussurrei comigo mesma.
- Boston, professora – respondeu a garota a minha frente.
- Muito bem Renata. – ouvi a professora dizer.
E foi isso que eu ouvir pro mais umas quatro ou cinco vezes, pelo menos eu nunca ia esquecer o nome daquela garota, coisa que eu costumo fazer de vez em quando. Mas teve uma vez que a professora cansou daquilo tudo e parou de fazer perguntas, aparentemente elas não eram pra ser respondidas pelos alunos, foi aí que ela notou a minha presença.
- Hum... Vejo que temos uma aluna nova.
- Jura? – ouvir alguém dizer do outro lado da sala.
- Como é o seu nome?
- Mirela – respondi um pouco insegura, não queria outra apresentação humilhante.
- Ok, Mirela nos diga por que mudou de escola?
- Hã... Na verdade não mudei.
- É claro que mudou você é nova aqui não é?
- Sou, mas isso não quer dizer que eu tenha mudado de escola.
- Então o que quer dizer?
- Bom, é que eu não estava em uma escola antes.
- Ah... Então seus pais trabalham viajando e você foi educada em casa?
- É mais ou menos. Meu irmão trabalha, meus pais morreram quando estavam mergulhando no pacifico em busca de um navio que teria afundo naquela região, eram arqueólogos.
- Que pena deve ter sofrido muito.
- É um pouco morreram quando fiz doze anos então o meu irmão começou um projeto que envolvia viajar pelo mundo e eu tive que ir junto, estamos viajando desde então.
- Puxa você não vai à escola desde os doze anos! – a garota que sentava na minha frente disse- Que sorte.
- Nem tanto. – sussurrei para mim mesma, não ir a escola parecia ser uma boa coisa, mas isso por que eles não tinham que passar vinte e quatro horas com o Carlo.
- Tudo bem então pode sentar, e ah Renata quero uma redação sobres o relevo dos três maiores países do mundo, e Mirela pode ajudar ela se quiser já que passou toda aula soprando as respostas pra sua amiga, é só isso por hoje pessoal.
Pois é, é nisso que dá saber todas as respostas de geografia agora aqui estou eu com minha nova amiga Renata que é bem legal e meio “abirobada” no barco. Ainda não conseguimos fazer nada do trabalho, por que ela fica só fazendo perguntas sobre como é a vida em um barco ou quantos países eu já visitei. E eu respondendo com o maior prazer, sabe é legal conversar com alguém da sua idade de vez em quando. Agora só estou esperando o Carlo chegar com alguma coisa pra comer porque eu já meio que cansei de comer peixe, e comida francesa. Eca!
Rio, terceiro dia (segundo de escola), 7h, super atrasada.
Pois é, eu estou super-atrasada (isso está escrito certo), porém estou aqui escrevendo. Fazendo o que eu sempre faço me atrasando ainda mais, mas dessa vez eu não comecei a me atrasar por estar escrevendo dessa vez à culpa foi do Carlo, foi ele quem começou o dia dizendo que hoje tinha uma surpresa pra mim, eu sou meio sensível com esse negócio de surpresa se me disser que eu vou ter uma não resisto fico querendo saber o que é. E foi nisso que deu ele me dizer que hoje tinha uma surpresa fiquei implorando pra ele me contar, mas ele não contou, e é por isso que eu estou revoltada e agora estou escrevendo aqui me atrasando ainda mais pra escola. O Carlo está aqui tentando me fazer sair do banheiro, grande novidade, mas eu não saio então eu acho que ele desistiu e deve está vindo pelo outro lado do barco pra tentar arrombar a janelinha, mas ele não vai conseguir por que eu coloquei um pedaço de madeira impedindo a abertura da janela, agora ele está lá tentando e tentando já faz uns três minutos, o ombro dele já deve estar doendo de tanto bater em vão então eu acho que vou sair já me atrasei demais e também não quero deixar meu único irmão aleijado. Preciso que ele assine os formulários pra universidade.
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Conto - Escolhido


Ela o agarrou pelo colarinho,não podia mais cTamanho da fonteonviver com àquela situação esquisita.Já não se importava com quem estava vendo. Naquele momento foi dominada por uma força perigosa, uma força chamada Amor.
Não podia detê-la, assim como também não queria. Ficou lá agarrada ao colarinho do garoto, suas mãos tremiam e seus olhos marejados já não viam nada, senão o semblante perplexo do garoto. A verdade era que por mais que a conhecesse ele nunca esperaria dela uma atitude tão irracional. Tentou argumentar, mas o medo o impediu, não sabia bem do que tinha medo. Talvez fosse que ela, com o gênio que possuía, lhe desse um murro.Não. O medo que o dominava não era da garota era das pessoas que estavam ao seu redor.
Lá estavam eles, um em frente ao outro, ela com os sentimentos à flor da pele ele com a perplexidade e o medo misturando-se em seu olhar. Não suportando mais toda a situação a garota o puxou bruscamente e o beijou. Beijou- o como nunca o havia beijado, por mais que ele fosse um idiota egoísta mimado, era o idiota egoísta mimado por quem estava irrevogavelmente apaixonada. Assim como não podia mudar a realidade, apenas aceitá-la ela não podia e não queria mais esconder isso que ninguém. Eles eram diferente, bem diferentes, mas ninguém é capaz de escolher por quem se apaixonar e ninguém se apaixona por alguém que não queira. Por mais que parecesse estranho era o que ela havia escolhido, de agora em diante todos teriam que aceitar àquele amor impossível.


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Esse texto não é o que eu chamaria de conto, na verdade nem sei o que é. Deve ser só um texto, uma cena que veio na minha cabeça que eu passei pro papel. Bom se não gostarem avisem, se não entenderem... Boa Sorte... Bye Bye....


PS: Faz tempo que eu não posto nada... nossa como eu sou ruim!! Em breve estarei tentando postar um conto super fofo em que estou trabalhando, então aguardem...
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Conto - Voor Altijd



Arabela Van der Sar chegou ao campus da universidade uma hora atrasada, mas sua entrada foi primorosa. Quem via aquela jovem de descendência holandesa, cabelos loiros longos e esvoaçantes e contemplava seu sorriso deslumbrante nunca imaginaria que a menos de um mês ela tentara tirar a própria vida. Isso mesmo, ela tentou suicidar-se.
A bipolaridade é uma doença que “engana” muitas pessoas pelo simples fato de o paciente não aparentar estar doente. Sempre alegre e sorridente Arabela nunca deixou pistas da depressão profunda na qual se submetia diariamente. Então quando o medo aliou-se a essa depressão a garota foi atraída pela idéia insana da morte. Naquele momento a navalha enferrujada, que havia encontrado junto às coisas do avô falecido há poucos dias, soava como um grito de liberdade “A morte é a mais viável das alternativas. Aquela que talvez nos trará paz. Suicídio. Uma das formas mais comuns de liberdade. E daí se não formos por céu se já conhecemos o inferno.” Ela pensara minutos antes de erguer a navalha e cortar o pulso esquerdo. Com o sangue escorrendo do ferimento aberto pensara mais uma vez “ uma navalha enferrujada, se eu não morrer pelo corte morro pelo tétano” , mas felizmente antes de conseguir cortar o outro pulso alguém bateu à porta a fazendo entrar em desespero “ e se alguém me ver, se tentarem me impedir, se me descobrirem antes de estar morta?Ah. Que se dane!” Ela pensou segurando a navalha com força na mão ensangüentada e foi abrir a porta.
A trilha de sangue que se formava enquanto a garota caminhava, era assustadora. A dor que ela sentia foi encoberta por uma onda súbita de medo. Durante alguns segundos Arabela cogitou a possibilidade de não abrir a porta, mas foi logo interrompida por mais uma batida na madeira grossa e ela continuou seu caminho. Dado mais dois passos ela chegou até a porta, ergueu o braço intacto e girou a maçaneta. Quem ela viu não a ajudou em nada, o garoto parado na porta trazia consigo um imenso sorriso, sorriso esse que foi desfeito assim que ele percebeu o rastro de sangue no chão.
- O que é que você tá tentando fazer?! - o garoto disse olhando para a longa marca de sangue deixada pela garota durante sua “longa” caminhada do quarto até a porta da frente.
- O que você quer? – Arabela respondeu rispidamente a navalha pressionada com força na mão ensangüentada.
- Ué? Não é aqui o show dramático da semana?– ele respondeu atravessando o portal e acomodando-se no pequeno sofá amarelo – Por que está parecendo. –completou ele pondo os pés na mesa de centro que o separava da belíssima garota loira.
- Que se dane!– Arabela pronunciou as palavras mais uma vez antes de erguer a navalha e começar a cortar o segundo pulso. – Dar licença? – ela disse aparentemente incomodada com a presença de um garoto praticamente desconhecido. Na verdade ele era um “colega” de escola, um daqueles com o qual ela nunca havia trocado mais de uma palavra na vida.
- O que? Não gosta de platéia? Corta essa! Ah e pode continuar, quero ver como isso acaba. – Diogo, o garoto, revidou friamente. Seu rosto estava serio, sem nenhuma expressão visível a não ser é claro um vivido interesse pelo fim daquela historia.
Arabela não se abalou com o comentário do amigo, continuou com seu drama particular, até que o ar lhe faltou nos pulmões e ela soltou a navalha deixando o corte do pulso direito pela metade.
- Que, que foi? – Diogo perguntou um pouco desapontado. Então ele viu um pequeno objeto de metal refletindo luz enquanto o corpo da garota despencava no chão. – Ah não! Droga! Não acredito nisso! – ele exclamou enquanto saltava por sobre a mesa de centro e alcançava o corpo da garota caído no chão.
Arabela estava com o rosto mais branco do que o natural, seus lábios pálidos e os braços flácidos. Do pulso esquerdo o sangue escorria incontrolável e pelo direito um fino traço encarnado começava a aparecer. Sem opção aparente, Diogo puxou a toalha da mesa de centro e amarrou-a no pulso de onde o sangue saia mais incontrolavelmente, o tecido branco de linho aos foi poucos adquirindo um tom rubro. O sangue parecia estancado, mas a garota ainda continuava desacordada então ele teve um ultimo reflexo antes de colocá-la no carro para levá-la ao hospital. Abriu uma garrafa de vinho e a colocou na altura das narinas da garota. Aos pouco, com cheiro de álcool invadindo seu sistema respiratório Arabela começava a voltar a consciência, mas apenas o tempo necessário de Diogo levá-la ao hospital.

Quatro horas depois a garota acordou com os braços enfaixados e a cabeça dolorida. À sua frente, Diogo segurava uma fina corrente de ouro na qual um anel dourado balançava vagarosamente prendendo sua atenção por inteiro. Ao observar a cena Arabela tocou instintivamente em seu pescoço e notou que a cordão cujo garoto segurava era o seu, não entendendo a cena abriu a boca para soltar insultos, mas Diogo foi mais rápido.
- Por que você usa esse anel no pescoço e não no dedo? – ele perguntou com os olhos fixos no objeto metálico.
- Não faz mais sentido. – respondeu ela com indiferença.
- Eu não entendo. – Diogo falou movendo os olhos do anel para a garota e analisando profundamente a expressão dura em seu rosto.
- Não precisa.
- Mas eu quero. – revidou ele voltando sua atenção novamente para o anel.
- Por que salvar a minha vida é tão importante pra você? – Arabela perguntou tentando mudar de assunto.
- Não é. – o garoto respondeu friamente.
- Agora EU não entendo.
- Não precisa. – ele respondeu revidando a resposta de Arabela, a garota, no entanto não se importou com isso, chegou até mesmo a esboçar um leve sorriso enquanto analisava o estrago que tinha feito no próprio corpo e que a levara àquela cama de hospital.
- Arabela – o médico pronunciou com uma voz cansada – e então como estar?
- Bem.
- Então já estar pronta para ir para casa?
- Claro! – ela respondeu empolgada.
- Tudo bem, então te darei alta, mas você terá que participar das reuniões semanais no setor psiquiátrico.
- Fala sério! – ela resmungou irritada, perder tempo ouvindo pessoas doidas falarem besteira não estava em seus planos, afinal ela havia passado no vestibular.
- As reuniões são na terça, agora já pode ir. E nada objetos afiados até lá. Diogo você a leva para casa?
- Claro. – ele respondeu largando o cordão e segurando-o no ar com a outra mão.
- Será que dá pra devolver meu cordão? – Arabela perguntou enquanto apoiava-se na cama e erguia-se lentamente.
- Não. – Diogo respondeu com indiferença fazendo com que a garota trincasse os dentes e fechasse os punhos com força.
- Você é muito irritante! – ela resmungou as ataduras começando a adquirir um tom negro.
- Ei vai com calma garota, não faz muito tempo que você acordou. – ele disse segurando-a quando seu corpo desequilibrou-se para frente.
- Arr... – Arabela silabou diante do comentário irônico e levantou-se rapidamente fazendo com que uma onda de vertigem se espalhasse por seu corpo.
- É melhor a gente ir.

- Mais cedo no hospital você disse que não fazia sentido usar o anel, por quê? – Diogo perguntou a Arabela quando já estavam em casa.
- Longa história.
- Adivinha? Tenho a tarde toda.
- Tá bom eu falo, mas depois você responderá às minhas perguntas.
- OK.
- Não faz mais sentido usá-lo por que ele fazia parte de um conjunto que agora estar incompleto. – ela lançou rapidamente.
- Conjunto? Como assim? Existe mais de um anel?
- Sim... e não. Existe mais um, mas não totalmente igual. Como você deve ter percebido esse tem a inscrição “para sempre” em Holandês – ela completou tocando no anel que agora encontrava-se pendurado na altura de seu seio – “Voor altijd” e o outro tem a inscrição “Betere vriend” que significa “melhor amiga” .
- Vocês brigaram e só por isso não usam mais os anéis? Que infantil. – ele concluiu precipitadamente.
- Não, quem dera fosse isso. – Arabela falou, as lagrimas descendo rapidamente por seu rosto fino – Ela morreu. – ela completou deixando o garoto extasiado diante da revelação.
- Descul...
- Tudo bem, já faz tempo. Ela estava em um banco quando ele foi invadido por bandidos que a fizeram refém, durante a fuga houve um disparo e ela não resistiu. O anel não estava no corpo, provavelmente foi roubado. – ela terminou, mas Diogo não falou nada, seu rosto agora estava tão pálido quanto o de Arabela estivera minutos antes de desmaiar, suas mãos suavam e seu coração batia acelerado. A revelação feita pela garota o atingiu em um ponto a muito omitido e as lágrimas começaram a cair desesperadamente de seus olhos. – O que foi?! – a menina perguntou quando notou o estado depressivo no qual Diogo estava.
- Nada. – respondeu ele rapidamente.
- Hum... Por que você salvou a minha vida se ela é tão insignificante para você? – perguntou ela tentando mudar de assunto.
- Eu só... Estava... Retribuindo um favor. – ele disse vagarosamente, enquanto procurava pelas palavras exatas.
- Favor?! Favor a quem?! - Arabela perguntou indignada no exato momento em que sua mãe girava a maçaneta e adentrava a sala de estar.
- O que é isso?! – ela perguntou ao perceber a presença de um garoto em sua casa, na verdade ficou mais surpreendida com a aparência dele do que com o fato de estar lá. Diogo era alto, forte, bronzeado, seus cabelos escuros eram curtos, seus olhos pretos e queixo fino davam-lhe um ar de Bad Boy, mas nem por isso deixavam de ser atraentes.
- Nada, só vim ajudar. – ele começou um pouco constrangido – Já acabei. Tô me mandando. – ele completou enquanto levantava-se e se dirigia devagar em direção a porta.
- Não! Espera! Favor a quem?! – Arabela correu em direção à porta tentando interceptá-lo, mas Diogo foi mais rápido e em questão de segundos atravessou a rua e sumiu em meio às pessoas que passavam por ali.
- Arabela! Meu Deus! O que foi isso! O que aconteceu com seus braços?! – a mãe de Arabela gritava desesperada logo após notar as ataduras que envolviam os punhos da jovem.
- Nada. Longa historia. – ela respondeu impaciente, ainda olhando para rua em busca de algum sinal do garoto que poucos minutos antes estava à sua frente.

A poucos metros da casa de Arabela, Diogo estava encostado em uma árvore. A respiração rápida não se devia apenas ao tempo que passara correndo, mas também as lembranças que vinha e voltavam em sua mente. Ele lembrou-se de todas as noites que passara sem dormir e de mais uma porção que acordara, aterrorizado. Lembrou-se também do envelope empoeirado e que a tanto estava guardado no fundo de sua gaveta e de quantas horas perdera tentando entender o que significava e agora tudo estava claro, claro até demais, tão claro que chegava a ser assombroso e o pior é que ele não sabia como lidar com isso, não sabia o que fazer, pior não sabia como fazer. Ele queria sumir, não ver ninguém por bastante tempo até mesmo a idéia maluca de cortar os pulsos lhe foi bem-vinda, no entanto ele optou pela a mais simples: Sumir, e foi o que fez.

Durante bastante tempo Arabela não teve noticias Diogo e o simples ato de mencioná-lo a irritava, mas o mais irônico era que ela ainda tinha que ir toda terça-feira para as reuniões e quando estava lá a única coisa em que podia pensar era por que ele salvara sua vida, ela sabia apenas o que ele a havia dito “ Estava retribuindo um favor”. Mas favor a quem? Ela nunca trocara mais de uma palavra com ele nem no colégio nem fora do mesmo, então por que a ajudar daquela maneira, por que não simplesmente levá-la ao hospital, e a pergunta que não queria calar: Por que desaparecer? Foram muitas as horas perdidas tentando resolver essas questões talvez essas perguntas fossem o único motivo pelo qual ela ainda estava viva. Com isso as reuniões não foram mais necessárias, o sorriso voltara ao seu rosto e férias acabaram. Agora Arabela estava pronta para começar a faculdade e esquecer tudo que havia passado nos últimos meses, pronta pra enfrentar tudo e todos. “ Ou quase todos” foi o que ela pensou assim que pôs os pés na sala de aula e deu de cara com Diogo. Ele estava ali bem na sua frente, parecia diferente mais maduro ou talvez só mais velho.
- Oi – ele disse com uma voz que mais parecia um sussurro.
- Onde é que você tava?! – Arabela falou com a voz esganiçada.
- Não importa. – Diogo respondeu friamente.
- O que você quer? – a garota perguntou com indiferença, de certa forma estava acostumada com o comportamento do garoto. – Antes de dizer qualquer coisa. Que favor é esse que você retribuiu quando salvou minha vida? – ela completou antes que ele pudesse pronunciar palavra alguma.
- Uma vida em troca de uma vida – ele disse ainda com indiferença, parecia desconfortável em falar com ela depois de tanto tempo.
- Hã?
- Olha, eu nem sabia quem você era até aquele dia, só fui lá por que o professor pediu e por algum motivo eu tinha que tá lá, se fosse qualquer outra pessoa juro que eu não teria me desesperado tanto, mas com você foi diferente eu sabia o que tinha que fazer mesmo sem saber porquê tinha que fazer.
- Mas que favor é esse?! – Arabela continuava a perguntar. A curiosidade dominando sua mente e todos os seus movimentos.
- Você vai saber. Toma. – ele disse enquanto entregava um envelope amassado e de um papel amarelado pelo tempo.
- O que é isso? – ela perguntou confusa.
- Só abra. – Diogo respondeu a meio metro da porta, enquanto Arabela permanecia com os olhos fixos no papel velho. Ela virou-se para fazer mais um pergunta, mas Diogo já havia ido embora, a deixando no meio da sala com um envelope velho.
A curiosidade lhe consumia por inteiro quando Arabela finalmente decidiu abri o estranho envelope, sem remetente, sem destinatário apenas com uma data “03/05/2008”. Ela o abriu, cautelosa, afinal o papel estava bem desgastado. Dentro, um pedaço de papel jazia intacto ela o retirou, o papel parecia mais bem preservado do que o envelope, era totalmente branco a não ser por algumas manchas escuras, e leu a única palavra escrita em uma língua que conhecia muito bem “Exccus” que significa Desculpa em holandês, logo que leu nada fez sentido. Por que ele queria pedir desculpas? Mas então algo cintilou entre o papel e o envelope e ela retirou uma copia perfeita no anel que estava sob a camisa azul que usava, a única diferença visível eram as palavras gravadas no metal frio “Betere vriend”.

Diogo atravessou o pátio da universidade com a cabeça baixa e a mão nos bolsos pegou um taxi e passou todo percurso lembrando-se da ocasião que o assombrou durante tanto tempo e que, naquele dia, ele conseguira resolver.

2 anos antes.
“A agência bancaria estava lotada, na multidão uma bela garota destacava-se alta, esbelta e com um tom de cabelo admirável ela encantava a todos, não tinha mais do que quinze anos, mas agia como uma adulta. Do outro lado um garoto da mesma idade a admirava encantado com tamanha beleza e graça, mas o encantamento foi quebrado pelo som ensurdecedor de tiros e o anúncio de um assalto.
Todos estavam deitados no chão enquanto os bandidos retiravam o dinheiro dos caixas e “confiscavam” objetos pessoais. Minutos depois o barulho de sirene dos carros de policia invadiu o local deixando os ladrões em desespero, diante da situação eles agarraram um dos reféns pelo braço e apontaram a pistola para sua cabeça. A bela garota observava a cena de longe e de um ângulo ruim, mas mesmo assim pode perceber o medo nos olhos do refém então em um ato de extrema coragem ou burrice, como muito comentaram, ela levantou-se e se ofereceu para trocar de lugar com o garoto desesperado.
Os bandidos aceitaram a troca e passaram a usar a garota como escudo, na metade do caminho, porém, algo deu errado e a bela jovem foi baleada. O sangue manchou-lhe toda roupa e ela começou a entrar em pânico, foi confortada por um garoto de mesma idade e que minutos antes estivera nas mãos dos bandidos. Vendo que não iria sobreviver ela escrever em um pedaço de papel somente uma palavra e quando o garoto perguntou-lhe a quem deveria entregar o recado ela lhe entregou um anel dourado no qual a inscrição “Betere vriend” resplandecia .”
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Livro - Diário de Bordo




Bom gente... Faz tempo que eu prometo postar esse projeto de livro aqui e não posto pelo simples motivo de eles ainda não estar pronto, maaaaaas nos ultimos dias eu venfrendo uma forte pressão psicologica e fisica da minha querida e amada amiga C. e agora me vejo obrigada a postar então fazer o que né vamos ao livro...

Livro - Diário De Bordo
Por - Ana Beatriz do Vale
Rio de Janeiro, primeiro dia casa (barco).
- Mirela. Mirela acorda!
- Hã?... Que é Carlo?
-Levanta, chegamos
-Chegamos, onde?!
-Como onde, garota? Rio de Janeiro Mi.
- Rio?A gente vai chegar só de noite, são seis horas de Serra Leo e olha ainda é de tarde. Sinto
muito ter que falar, mas acho que você se perdeu. – disse fazendo minha melhor cara de decepcionada.
- Que me perdi o que, garota. É o fuso horário, acho que você nunca vai se acostumar com isso Mi.
-Você sabe que não gosto que me chame de Mi.
- Pensei que você não gostasse de miragem
-Não gosto de nenhum dos dois.
-Tudo bem vai, agora levanta a gente tem que se encontrar com a Ana.
- Mas tipo agora?! Nós acabamos de chegar. – respondi fazendo beicinho.
- É agora, lembra de quem foi à culpa do atraso em Lisboa, perdemos dois dias.
- Ta certo. Ok, já entendi. Espera aí que eu vou me trocar.
E essa foi a minha fantástica chegada ao Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, já faz um tempo desde que eu deixei o Brasil, mas isso é passado, eu voltei, mesmo que contra a minha vontade, mas acho que vai dar tudo certo, tomara. Agora tenho que i,r o doido do meu irmão está gritando comigo. Já devia ter me trocado, mas estou escrevendo, não é a toa que me chamam bem o Carlo me chama de miragem. Segundo ele pra mim tudo é um sonho eu meio que sou desligada, mas de quem foi a idéia de viajar pelo mundo dentro de um barco a mercê das ondas, ein? Ele nunca lembra quando está me dando bronca. Droga. Foi assim que eu me atrasei em Lisboa eu e essa mania de escrever em banheiro, já to atrasada de novo e o Carlo, não para de gritar no convés.
Rio de Janeiro, ainda primeiro dia, no banheiro do restaurante Francês onde o Carlo inventou de se encontrar com a Ana.
Droga odeio comida francesa parece que eles se preocupam mais com a beleza do prato do que com a própria comida. Vocês não sabem o que eu passei Cherbourg, pra quem não sabe Cherbourg é uma cidade do norte da frança onde só servem comida francesa e onde eu tive que passar dois dias por que o idiota do meu irmão tem uma atração irritante pela França. Voltando ao assunto, aqui estou eu no banheiro desse restaurante, até que o banheiro é legal tem umas pias de mármore e umas obras de arte por todo canto (até dentro das cabines, sinceramente será que alguém as analisa enquanto usa o vaso, acho que não) estou aqui por que como eu já disse não suporto comida francesa então em uma manobra inteligente, eu vim pra cá com o objetivo de jogar toda essa comida horrível fora e também deixar o “casalzinho” um pouco as sós. Tava pensando em fugir, mas acho que não é uma boa idéia faz tempo que não ando por aqui não devo conhecer nada da cidade.
-Mirela, Mirela vocês está bem?
-Tô!
A Ana tava me chamava, provavelmente a mando do meu querido irmãozinho. Ele devia estar desconfiando, e com motivos, de que eu estava armando alguma coisa, mas que droga não se tem privacidade nem no banheiro.
Rio, primeiro dia, quase segundo, na verdade são 24h48min.
Vocês devem se perguntar o que eu faço acordada há essa hora e eu respondo Fuso Forário. Maldito fuso horário que embaralha tudo. Já é essa hora e eu estou tão acordada como se ainda estivesse de tarde, mas não está e isso me irrita por isso que eu escrevo, puxa eu sou mesmo viciada. Faz um tempo que a gente chegou daquele jantar hiper chato e como eu não comi nada estou morrendo de fome, acho que quando acabar de escrever vou pegar umas batatas, tomara que Carlo não descubra se não eu to ferrada, esqueci de falar onde estou bem eu estou o banheiro do barco, não sei por que, mas dessa vez o Carlo decidiu passar a noite no barco não que eu não goste é legal, mas o balanço às vezes é chato. Droga. Tenho que ir dormir amanhã é terça e parece que as aulas começam em Janeiro aqui, na verdade devem ter começado ontem (atraso de Lisboa). Amanhã tenho que ir pra aula deve ser legal ir pra escola faz tempo que eu não vou à última vez foi na Inglaterra e mesmo assim só fui por dois meses, meu irmão inventou outra viagem. Não sei como são as escolas daqui, mas acho que não é muito diferente.
-Mirela vai dormir!
O Carlo grita a todo instante. Mais que lindo, já é terça feira, ainda bem que o meu português é bom. Pelo menos dessa vez não vou pagar mico trocando as palavras na escola. Sério, momento King Kong da vida, mas deixa pra lá.
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Conto - Opção 4



Eu sei que esse titulo é ridiculo... não presto pra isso, mas adorei escrever esse conto e vou postar aqui...


- Anda. Vamos!
- Não. Ainda é sete da manhã, Beto.
- Ah. Qual é? Por favor. – ele insistia fazendo aquele olhar triste que eu tanto odiava. E por que eu odiava? Por que não era simplesmente qualquer olhar triste. Ele tinha olhos verdes e quando me olhava daquele jeito era como olhar dentro de uma piscina e não poder ver o fundo. Era apavorante. Quando ele fazia aquele olhar ninguém conseguia dizer “não” principalmente se esse alguém fosse eu. E o pior é que ele sabia disso. Era isso que me dava mais raiva, ele sabia tão bem que eu não resistiria àquele olhar que insistia em mostrá-lo toda vez que eu me negava a fazer o que ele me pedia.
- Tá vai, mas a gente volta logo. – respondi caindo mais uma vez em seu truque. É Andrea você é uma completa idiota.
Saímos da casa. Como eu imaginei o Sol brilhava fraco, uma fina camada de nevoa encobria a água do lago. Mas isso não impediu Beto de correr pelas tabuas do pequeno píer que havia sido construído por seu pai. Eu apenas o segui, devagar, pesando no risco que estávamos correndo de pegar uma pneumonia, uma vez que o ar estava tão frio que quase saia fumaça de nossas bocas enquanto respirávamos. Essa sou eu sempre pesando no que pode acontecer, mas, qual é quem não pensa nos riscos?
Um forte vendo frio soprou no exato momento em que eu cheguei ao final do píer eriçando todos os pelos do meu corpo. Cruzei os braços e as lembranças de quando éramos crianças invadiram minha mente. Lá estava eu, parada no mesmo lugar, com os braços cruzados da mesma maneira provavelmente pesando na pneumonia que podíamos pegar, olhando um garoto que mexia na água do lago exatamente como naquele momento. A única diferença era que eu tinha dez anos e meu pai estava ao meu lado. Agora com dezoito tudo parecia exatamente como antes a não ser é claro que não estávamos passando o fim de semana em família. Éramos apenas eu e o Beto. Eu e meu mais antigo e melhor amigo.
- Ei, vamos nadar. – ele disse interrompendo minhas lembranças e me fazendo voltar à realidade. Eu não sei o que perdi, mas quando acordei de meu transe temporário ele já havia tirado a camisa e estava prestes a pular naquela água gelada.
- Você ta louco. Tem noção do que pode acontecer se pular nessa água? Você pode ter u...
- Meu Deus Andrea você nunca faz nada sem pensar?! – ele disse me interrompendo e depois pulou. Fazendo com que a água respingasse em mim. Talvez ele pensasse que desse jeito me faria pular também, mas nunca que eu iria fazer isso. Nunca mesmo.
“Três segundos, quatro segundos, cinco, seis, sete, oito, nove, dez segundos. E nada do Beto voltar. Ele pulou, mas ainda não tinha voltado à superfície. Se ele passar trinta segundos eu pulo. Mas e se eu também não conseguir voltar. Quinze. Eu posso pedir ajuda. Bela idéia não vai encontrar ninguém em um raio de cinqüenta metros. Vinte. Droga. Vinte e cinco.”
Eu já estava tirando os sapatos quando ele voltou, uma onda súbita de alivio percorreu meu corpo.
- Andrea!Me... aju..da! – ele estava se afogando ou tentando me convencer a pular? – Minha... per..na! – droga eles estava mesmo se afogando. A água fria provavelmente tinha causado cãibra. E agora o que eu fazia? Pulava ou corria atrás de ajuda? – Andreeeeea! – Pulava.
Então eu comecei a tirar a minha roupa. Não me leve a mal, não é que eu quisesse entrar num lago de calçinha e sutiã, mas eu sabia que muitas pessoas morreram afogadas por que causa do peso das roupas molhadas. E, além disso, quais escolhas eu tinha? Entrar completamente vestida e arriscar a minha vida e a vida do Beto ou entrar parcialmente vestida e ter uma chance de salvar nossas vidas. Se eu tinha realmente tinha que fazer isso melhor fazer bem feito. Terminei de tirar minhas roupas e pulei no lago. A água estava realmente gelada, mas eu agüentei, consegui chegar até o Beto e levá-lo para a margem não sei se totalmente em segurança, mas consegui.
- Beto. Beto. – chamei dando tapinhas em seu rosto. Aquela cena provavelmente seria estranha pra quem passasse por ali e me visse só de calcinha e sutiã dando tapas no rosto de um cara desacordado. Pensando bem era realmente engraçado se você tirasse a parte em que nós quase nos afogamos. Esquecendo meus devaneios e voltando ao assunto. Lá estava eu de calcinha e sutiã toda molhada, por cima de um cara desacordado, espera, eu já disse que estava desesperada, pois eu estava.
Sem saber o que fazer comecei a tentar massagem cardíaca pelo menos era isso que eles faziam em filmes, mas não tava adiantando. Eu teria que partir pra respiração boca a boca. Meu Deus e agora. Não que fosse ser tão difícil beijar o Beto ele era bem bonito. Tinha aqueles olhos verdes o cabelo loiro e todo aquele corpo de atleta. Mas, fala serio, seria bem mais fácil beijá-lo se sua vida não dependesse disso. Mas fazer o que né, deixá-lo morrer é que eu não iria. Comecei a me aproximar lentamente, pensando no que faria quando ele acordasse. Meus cabelos molhados já estavam encostando-se a seu rosto quando ele acordou.
- Tô no céu e ninguém me disse. – ele disse segurando meus ombros para que eu não saísse do lugar. Depois passou os olhos rapidamente por meu corpo parando por dois segundos em meus seios, é eu percebi isso, e depois completou com sorriso maroto no rosto. – Você ta ótima!
- A Meu Deus Beto, quase tive um ataque! – exclamei tirando meus olhos de seu corpo. Senti meu rosto enrubescer, e me sentei rapidamente abraçando os joelhos. É aquela situação tinha sido esquisita eu ali toda molhada por cima dele, nossos lábios a centímetros e ah eu estava parcialmente vestida, ou seja, de calcinha e sutiã. Estávamos tão perto que eu podia ouvir nossos corações batendo no mesmo ritmo acelerado o que era bom já que há dois minutos eu tinha considerado a hipótese de ele estar morto e tal. É pesando bem aquela era uma situação bem constrangedora.
- Isso seria triste e tudo mais. – ele disse brincando com a situação. É você entendeu bem BRINCANDO. Pode um negocio desse. Ele quase tinha morrido, quase tinha me levado junto e agora estava brincando com isso. – Eu sei o que vem agora “ Nós estaríamos perfeitamente a salvo se você tivesse me escutado. Eu te avisei. Blá, blá, blá” – ele me interrompeu quando tentei repreende-lo sobre o que havia feito com um imitação perfeita da minha voz.
- Ainda bem que você sabe. – rebati com a respiração descontrolada.
- E aí como foi?
- Como foi o que?
- Sabe agir sem pensar.
- Se ta achando que só por que você estava se afogando eu iria agir sem pesar. Equivocou-se. – revidei. Enquanto o observava se sentar.
- Você pensou duas vezes antes de pular e me salvar? Cara, você é surpreendente. – ele disse sorrindo.
- Várias vezes. Pode ter certeza disso. – falei ignorando sua surpresa.
- Então quais eram as opções? – ele disse arremessando o corpo para trás e deitando-se na areia como sempre fazia na minha cama e como sempre soube que eu odiava. – Vejamos. Opção um: você podia pular e me salvar. Mas claro que você não faria uma coisa impensada. Opção dois: você podia se virar e me deixar morrer assim se livraria de todos os problemas em que te meto. Viu, eu tenho razão. – ele completou quando viu um leve sorriso em meu rosto. É eu tava mesmo sorrindo, mas não por que tivesse ralamente pensado naquilo e sim pelo modo como ele tinha viajado na maionese – e opção três: se você não fizesse nada ficaria com a consciência pesada ou poderia ser processada por negligencia. Bem a sua cara. – eu não tava acreditando ele sinceramente acreditava que eu só tinha pulado naquele lago gelado por que se não fizesse ficaria com a “consciência pesada” ou poderia ser “processada”? Fala Sério. – acho que a gente pode dispensar as opções um e três. Você com certeza deve ter pensado mais seriamente na dois, mas você não foi embora o que é esquisito se levarmos em conta que...
O que eu fiz a seguir foi umas das coisas mais impensadas que poderia fazer. Eu só queria que ele parasse de falar aquelas besteiras sobre o que eu estaria considerando quando pulei no lago e tal. Aí eu simplesmente o beijei. Não que não tenha sido bom, mas foi meio que no calor do momento. Em um segundo eu estava tentado fazê-lo calar a boca em outro nossos lábios estavam juntos e quando eu percebi seus braços já estavam em volta do meu corpo me puxando para perto. Bem perto, tão perto que agora não podia apenas ouvir seu coração também podia senti-lo.
- Por que? – ele perguntou quando eu o empurrei pra mais longe separando nossos corpos.
- Talvez você queira saber. Foi totalmente impensável. – disse levantando-me e indo em direção a casa.
- Andrea. Existe uma quarta opção. – ele disse quando me alcançou nas escadas que levariam a porta.
- Não. – respondi mesmo sabendo que aquela não era um pergunta. – Só duas. Pular ou chamar ajuda.
- Sim, existe. Eu não considerei antes por que... Por que achava impossível. – ele disse olhando diretamente em meus olhos coisa que quase nunca fazia. O olhar triste voltou a seus olhos e eu não entendi por que. Ele não estava me pedindo nada. Ai eu percebi por que nunca consegui ver o fundo da piscina. Nunca vi por que nunca olhei realmente para ela, na verdade nunca percebi que ele toda vez que fazia aquele olhar ele não estava me pedindo nada. Só estava... me olhando. Ai eu também percebi que não eram olhos tristes e sim olhos apaixonados. E depois eu cai na real e finalmente entendi por que não conseguia resistir àquele olhar. Eu também estava apaixonada por ele.
- Eu... eu...
- Você pulou por que me ama. – ele sussurrou em meu ouvido. E depois me beijou. Passando os braços em volta de meu corpo e me levando novamente para perto. E eu? Bom. O que é que eu podia fazer? Mentir e dizer que não o amava ou ficar ali com ele aproveitando o momento?
- Será que eu já posso me vestir. – disse quando nossos corpos finalmente se afastaram.
- Não assim tá bom. – disse depois de me olhar por um momento.
E eu? Bom. Talvez aquele fosse o momento de começar a fazer coisas impensáveis.

Fim.
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